segunda-feira, 10 de junho de 2013

Zygmunt Bauman - Turistas - os heróis - da pós-modernidade

                                                                       Fonte: unsplash/hyeonji

Bauman (1998), diz que a projeção espacial sobre o tempo é o aspecto mais significativo da mentalidade moderna. O tempo progrediu do obsoleto para o atualizado. Um exemplo seria: Como pode alguém investir numa realização de vida inteira, se hoje os valores são obrigados a se desvalorizar e, amanhã, a dilatar? O mundo construído de objetos duráveis foi substituído por produtos projetados a se tornarem obsoletos num curto espaço de tempo.

O autor acima diz que o jogo pós-moderno é proibir o passado e o futuro, devemos relacionar-se apenas com o presente. Abolir o tempo em qualquer outra forma e viver o presente contínuo. Consequentemente, não existe o para frente ou para trás, apenas a   habilidade de se mover  e não ficar parado.

O eixo da vida na sociedade atual é não fixar a sua identidade. O turista é o melhor exemplo desse comportamento, dessa evitação. Eles que valem o que comem e são mestres supremos da arte de misturar os sólidos e desprender o fixo. Antes e acima de tudo, eles realizam a façanha de não pertencer ao lugar que podem estar visitando: é deles o milagre de estar dentro e fora do lugar ao mesmo tempo. O turista guarda a sua distância, e veda a distância de se reduzir à proximidade (BAUMAN, 1998).

Segundo Bauman (1998, 114) “O nome do jogo é mobilidade: a pessoa deve poder mudar quando as necessidades impelem, ou os sonhos o solicitam. A essa aptidão os turistas dão o nome de liberdade, autonomia ou independência (...)”.

Por fim, apesar do livro de Bauman ser intitulado O Mal-Estar da Pós-Modernidade, sendo uma crítica negativa do que a modernidade líquida está causando na sociedade. Foi muito interessante a comparação entre turista e identidade pessoal. Muitos autores do turismo questionam a interferência do turista na identidade da comunidade local visitada, porém não abordam a questão da flexibilidade da identidade do turista.

Fonte:

Zygmunt Bauman. O Mal-Estar da Pós-Modernidade - 1998.

domingo, 2 de junho de 2013

Trancoso - Bahia





                                                                                                                                      Fonte: Unsplash

A Vila Trancoso está localizada no litoral de Bahia, distrito do município de Porto Seguro. A população de Porto Seguro segundo IBGE (2010), é de 126.929mil pessoas. Trancoso é um vilarejo simples e inesquecível, está localizado a 26 de quilômetros de Porto Seguro.

A Vila de Trancoso pode ser considerado um atrativo turístico cultural do país simplesmente por manter-se até hoje como uma das últimas regiões originais das primeiras povoações do Brasil. 

“A aldeia de São João Batista dos Índios, atual Trancoso, foi fundada com a finalidade de defender a região dos contrabandistas de pau-brasil, que chegavam pelo litoral. Atualmente, cerca de 500 anos depois, a vila assiste à chegada de novos desbravadores. Só que, desta vez, são turistas de todo o mundo, que buscam sol, mar, tranqüilidade e muita história”.

O Turismo da Vila começou segundo Silva (2006, p. 56):
A comunidade de Trancoso, na década de 70, passou a receber visitantes, em sua maioria hippies, que procuravam no litoral brasileiro, comunidades isoladas e com um modo de vida simples. Com o decorrer dos anos, a divulgação foi aumentando por intermédio das descrições daqueles que estiveram em Trancoso, atraindo novos visitantes”.

Principais atrativos:
Turismo religioso; Quadrado Histórico (Praça São João Batista); Igreja São João Batista; Artesanato; Praias.


Fontes:
LEONARDO THOMPSON DA SILVA - CULTURA, TURISMO E IDENTIDADE LOCAL: impactos socioculturais sobre a comunidade receptora de turismo –  Trancoso, Porto Seguro, Bahia


Turismo no Brasil e as Cidades Turísticas

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